Depois de duas escorregadas - quando se descobriu que ele também usou passagens aéreas da sua cota para financiar viagem da esposa (o que não é ilegal, já se disse, mas…) e quando declarou que, com tantas denúncias, a imprensa estaria querendo fechar o Congresso - o corregedor da Câmara dos Deputados, ACM Neto (DEM-BA), adotou um tom mais firme no episódio e afirmou que a participação de parlamentares em esquema de venda de passagens (este é o mais novo escãndalo) configura quebra de decoro, o que poderia resultar em cassação de mandato.
ACM Neto defende a investigação da denúncia, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, de que pelo menos três gabinetes de deputados repassavam passagens aéreas para uma agência de viagens. “O assunto é muito grave porque a comercialização de passagens é incompatível com os procedimentos da Casa. Se for comprovada a participação de parlamentares e o envolvimento deles em venda de passagens configura quebra de decoro”, disse o corregedor.
Embora considere o assunto grave e diga que não pode passar despercebido pela Câmara Federal - até porque, neste caso, é crime vender ou levar vantagens financeiras usando a cota de passagens - o deputado baiano diz que não vai tomar nenhuma iniciativa para a apuração do caso. E tem uma explicação simples: a Corregedoria só pode atuar quando é convocada para fazê-lo, por iniciativa de algum deputado ou da Mesa da Câmara.
Mas, será que, como deputado, ele não poderia tomar a iniciativa, já que tem uma posição tão firme sobre o assunto?
Fonte: A Tarde
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